21 de março de 2010

Historia dos medicamentos vai para o computador


Digitalização de acervo, rastreabilidade de medicamentos e procedimentos online estão entre as práticas adotadas pela Anvisa para otimizar serviços.

Desde a pré-história o homem procura registrar fatos importantes, seja na parede ou em pedras. No ano 105 D.C., o papel foi inventado na China a partir de fibras de cânhamo trituradas e revestidas de uma fina camada de cálcio, alumínio e silica, data depois da qual o registro ficou mais fácil sendo adotado por várias culturas. Com o tempo, o papel perde a sua propriedade e se perde o que foi escrito.

Por razões administrativas e históricas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu digitalizar um acervo com cerca de 52,6 milhões de documentos, com registros sobre medicamentos que circulam no Brasil. O arquivo tem quase um século de informações e ajuda a contar a história do tratamento médico no País.

Para garantir a integridade e qualificar o acesso dos técnicos a informações relevantes, o órgão contratou a Montreal Informática, especializada em gestão de documentos, para processar todo o acervo. O acordo foi fechado por R$ 12,4 milhões, e terá dois anos para terminar o projeto.

Segundo a integradora, o trabalho já começou e envolve 70 funcionários, todos alocados na infraestrutura montada em Brasília, respeitando a orientação de que nenhum dos documentos pode sair dos arquivos da Anvisa por questão de segurança.

O contrato inclui serviço de tratamento arquivístico (gestão de arquivamento do material em papel para possível consulta), digitalização, implantação do sistema de gestão eletrônica (GED) e leitura com certificação digital para os 1,7 mil funcionários credenciados pela instituição, além de treinamento.

O plano de trabalho prioriza a digitalização dos documentos mais antigos, mas inclui todo o histórico, inclusive os cerca de 540 mil novos documentos que a Agência recebe mensalmente e que também serão tratados, digitalizados e arquivados pela equipe da integradora.

Entre os benefícios gerados no processo de digitalização de papéis estão a redução de erros e de horas de trabalho humano, além da otimização da mão-de-obra.

Rastreabilidade

Em complemento à digitalização uma outra decisão da Anvisa está mobilizando todo o mercado de produção e distribuição de medicamentos. Desde janeiro as empresas que trabalham com produção, armazenamento, distribuição e venda de medicamentos estão obrigadas a informar à Anvisa o Identificador Único de Medicamentos (IUM), para o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos, uma ferramenta que permite rastrear os produtos.

Segundo Gabriel Rodrigues, diretor da Essence, empresa que oferece consultoria e outsourcing na área de TI, o objetivo da Lei 11.903/2009, de Rastreabilidade de Medicamentos, é diminuir o extravio e falsificação de medicamentos. “Para as empresas, no longo prazo, é certo que o investimento necessário no momento trará retorno. Reduzir a taxa de roubos e falsificação significa reduzir também os custos dos produtos e ganhar mercado. Sem falar na diminuição de eventuais dores de cabeça com processos legais”.

Rodrigues pondera que o número de medicamentos rastreados é muito grande, pois, abrange quase todos os compostos. “Além disso, o mercado pode ficar ainda maior, pois a Anvisa já sinalizou que outros mercados globais irão começar a rastrear produtos de consumo, como alimentos e bebidas; tabaco e higiene; e limpeza”, afirmou.

DESPERDÍCIO NUNCA MAIS

Outra decisão da Anvisa, voltada ao uso de TiC para melhorar os serviços, coloca as farmácias no grupo de controle dos medicamentos. Desde fevereiro de 2010, as petições relacionadas à Autorização de Funcionamento (AFE) de farmácias e drogarias poderão ser encaminhadas à instituição por meio eletrônico. A medida pretende reduzir o tempo de análise dos processos e evitar o acúmulo desnecessário de papel. “O peticionamento 100% eletrônico não é obrigatório, mas recomendável, pois apresenta inúmeras vantagens. As solicitações realizadas online são tão seguras quanto a forma convencional de protocolização de documentos, além de garantirem a total rastreabilidade do processo e redução de impressões, juntamente com o fim do acúmulo desnecessário de documentos físicos”, diz Marcelo Vogler, gerente de inspeção e certificação de insumos, medicamentos e produtos da Anvisa.

Fonte: TI Inside - Nacional – NA p. 6

Volta das Férias

Prezados,

Depois de um período de inatividade estamos retornando aos trabalhos.

E a partir de agora daremos início às atividades deste blog e continuaremos a lutar pela disseminação das informações relacionadas a nossa área de atuação.

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