31 de maio de 2013

FABRICANTES DE EMBALAGENS JÁ DESTINAM 70% DA PRODUÇÃO PARA COSMÉTICOS

No último ano, o mercado de cosméticos movimentou R$ 36,2 bilhões, 15,2% a mais que no ano anterior, o que demonstra o forte potencial de crescimento do setor. Não é à toa que as vendas de embalagens para este segmento já representem 70% dos negócios realizados por três grandes companhias nacionais que atendem esse mercado - Antilhas, C-Pack e Igaratiba.
Diante da força desse mercado, a Antilhas, uma das maiores fabricantes de embalagens, dividiu seus negócios em duas áreas distintas: varejo e indústria. A empresa, com sede em Santana do Parnaíba (SP), investiu, no ano passado, mais de R$ 30 milhões em projetos de automação e aquisição de novos equipamentos para acelerar o atendimento aos clientes. Com isso, aumentou em 140% sua capacidade produtiva e pretende dobrar seu faturamento de 2011 até 2015, segundo o gerente de vendas da empresa, João Elcio Luongo Junior.

"Há dois anos iniciamos esse projeto para atender a demanda da indústria, que investe em produtos e processos para se diferenciar", explica.
Segundo a diretora-executiva da Associação Brasileira de Embalagem (Abre), Luciana Pellegrino, as empresas de cosméticos já descobriram há algum tempo o poder de atração das embalagens, que acabam agregando valor aos produtos. "Observamos um investimento contínuo, pois o uso correto delas pode trazer, inclusive, eficiência em todo o processo, da produção até a distribuição e o transporte", explica.
De acordo com dados da Abre, a produção de recipientes em geral, destinados para todos os setores da indústria (a entidade não subdivide os segmentos), deve crescer em torno de 2% nesse ano. No último ano, o setor que inclui perfumaria mais sabões, detergentes e produtos de limpeza apontou crescimento médio de 3,32% na produção, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e tudo indica que deve se manter aquecido neste ano.
Somada à necessidade de tornar o produto atraente, existe uma infidelidade generalizada entre os consumidores brasileiros no que diz respeito aos cosméticos. Muitos não ligam para marcas, e sim ao que cada produto pode oferecer de novo. Por isso, a indústria aposta em design para inovar.
"A importação e o aumento das viagens para o exterior fizeram com que os brasileiros tivessem contato com produtos até mais sofisticados, obrigando a indústria nacional a investir em recipientes", explica Pellegrino.
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), no ano passado as importações de embalagens somaram US$ 853 milhões, aumento de 1,09% em relação a 2011, enquanto as exportações contabilizaram US$ 498 milhões, apontando uma queda de 10,83%.
A diminuição no índice de exportação indica um aumento da demanda interna, principalmente do chamado "quarteto fantástico", formado pela Avon, Natura, O Boticário e Jequiti.
Fabricante de bisnagas plásticas, a C-Pack faturou, no ano passado, R$ 100 milhões. Segundo o diretor comercial da companhia, Fabio Yassuda, esse número deve chegar a R$ 130 milhões em 2013. "O faturamento deve crescer, assim como nossa capacidade produtiva que passará de 130 milhões para 160 milhões de tubos", diz o diretor. Além disso, a companhia, com sede em Florianópolis (SC), investirá R$ 40 milhões para a construção de duas novas linhas que devem ficar prontas em 2014. "Nos últimos dois anos, investimos R$ 80 milhões para elevar capacidade. Em 2014, investiremos mais", diz Yassuda.
A mesma evolução é registrada pela Igaratiba. A fabricante de Campinas (SP) também aposta em design e tecnologia para oferecer um diferencial aos produtores de cosméticos, segundo o gerente comercial da empresa, Valter Quintino. Em 2012, a Igaratiba faturou R$ 250 milhões contabilizando todos os setores nos quais atua. Para Quintino, até o final de 2014, o faturamento da empresa deve crescer em 12%.

Suspenso medicamento para câncer de mama

A Anvisa suspendeu, em todo o território nacional, a distribuição, o comércio e o uso de todos os lotes do medicamento Anastrol 1mg (anastrozol), fabricado pelo Laboratório Libra do Brasil S.A porque a empresa não conseguiu comprovar que os lotes do medicamento são produzidos com um padrão único e, portanto, com o mesmo nível de qualidade. É o que se chama tecnicamente de reprodutibilidade do processo de fabricação.

A determinação da Anvisa não traz risco de desabastecimento, já que há pelo menos três medicamentos com este princípio ativo disponíveis no mercado, incluindo genéricos e similares. Também não haverá impacto para a política pública de medicamentos, pois este produto não faz parte da Relação de Medicamentos Essenciais (Rename), ou seja, não faz parte dos medicamentos utilizados pelo SUS no tratamento do câncer. A ultima versão da RENAME que continha o anastrozol foi a de 2010.

No Brasil, a bula do medicamento traz a indicação de uso para câncer de mama em estágio inicial na pós menopausa.


A decisão da Agência está publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (27/5).

Comparação entre técnicas de granulação via úmida: leito fluidizado x alto cisalhamento.

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